AIDS: o que todos deveríamos saber
Mesmo com os avanços na área da saúde e com o acesso à informação, muitas informações falsas e erradas são dadas como confiáveis. O conhecimento errado passado só contribui para a desinformação e o aumento do preconceito com a doença.
Confira abaixo informações claras e confiáveis sobre o HIV e a AIDS:
HIV e AIDS não são a mesma coisa
Primeiro de tudo, é preciso saber que HIV e AIDS não são a mesma coisa. A AIDS é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. É o estágio mais avançado da doença causada pelo vírus HIV, que atinge o sistema imunológico, a defesa do corpo. Sabendo disso, podemos concluir a próxima informação.
Nem todos que têm o HIV tem AIDS
A pessoa pode ter o vírus HIV e não ter nenhum sintoma. A doença se manifestará com o tempo, apresentando sintomas e, então, é chamada de AIDS.
Graças ao avanço do tratamento, a tendência é que os portadores do HIV não desenvolvam a AIDS.
Formas de transmissão do HIV
Compartilhar objetos não perfurantes e contato físico que não envolve sangue e fluídos corporais não são vias de transmissão do vírus. Isso vale também para a picada de inseto – além do inseto não depositar o sangue sugado anteriormente na pessoa, o vírus não sobrevive nos insetos.
Agora, vamos detalhar algumas formas de contágio da AIDS, pois, essas merecem mais atenção. São elas:
Transmissão pelo parto: quando a mãe é soropositivo, ela pode engravidar, mas será preciso ter um pré-natal acompanhado de um médico infectologista, além do ginecologista, e passará por tratamento com medicação.
Transmissão pela amamentação: mulheres portadoras do HIV não podem amamentar, pois o vírus pode ser transmitido pelo leite. Mesmo se estiver com a doença controlada e fazendo o tratamento há algum tempo, a indicação é não amamentar – independentemente das chances de transmissão, nesse caso, serem mínimas.
Quem não pode amamentar, deve procurar um banco de leite humano. Ainda é comum a prática de outras pessoas amamentar o bebê, as chamadas amas de leite. Fazer isso também não é indicado, justamente pelo risco de transmissão do vírus – e muitas pessoas têm o vírus sem saber.
Transmissão pelo sexo oral: embora sejam baixíssimas as chances de transmissão, no sexo oral e preliminares há o contato com fluídos e secreções corporais – onde está presente o vírus.
Transmissão por objetos perfurantes: além do conhecido caso de seringas compartilhadas para o uso de drogas – parte responsável pelo surto de AIDS nas décadas passadas, também são vias de transmissão equipamentos de tatuagem, manicure, estéticos e odontológicos. Esses materiais devem ser descartáveis e esterilizados. Sempre observe o grau de higiene e seguimentos das normas nesses locais.
Detecção da AIDS
O teste pode dar negativo e mesmo assim a pessoa ter o HIV
No começo, o vírus não é detectado pelo exame de sangue. Porque nos 30 primeiros dias, período chamado de janela imunológica, não são produzidos em quantidade os anticorpos que combatem a infecção do vírus. São esses anticorpos que precisam ser detectados no exame para este de um resultado positivo.
Eles podem ser detectados de 30 dias ou até 01 ano após a transmissão. O ideal, é fazer o teste a cada ano.
A privacidade do portador de HIV
A pessoa com HIV tem o direito à privacidade, ou seja, de reservar a si mesmo a sua condição de saúde – já que ainda há muito preconceito e pensamentos errados sobre o vírus. Violar a privacidade da pessoa com HIV, contando a outros sobre a sua saúde, é crime.
Formas de prevenção
Camisinha
É o método de prevenção mais completo. Afinal, além de proteger contra o HIV, também age contra outras doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.
PEP (Profilaxia pós exposição)
Essa prevenção é indicada para quem fez sexo sem camisinha e acredita ter tido contato com o vírus. O tratamento deve ser iniciado em até 72h após a relação e realizado por 28 dias.
PreP (Profilaxia pré exposição)
Esse método é feito por um remédio diário que protege contra o vírus, quando a pessoa sabe que há risco de ela entrar com contato com o vírus. Só pode ter a PrEP quem é acompanhado por um médico regularmente e realiza os exames periódicos de controle.
Tratamento como prevenção
O exame de controle, feito pelos portadores de tempo em tempo, mede a quantidade de vírus no sangue (carga viral). Se o exame não detectar uma quantidade considerável de vírus, resultado do tratamento feito, este é considerado indetectável. Isso significa que é intransmissível. Assim, a pessoa não transmitirá o vírus, enquanto este permanecer indetectável.
Pessoas que têm o HIV podem ter filhos normalmente
Não é preciso outros meios para engravidar, pode ser pelo método tradicional, isso só exige cuidados. Quando a mulher tem o HIV, com o tratamento da infecção controlando o vírus, as chances de transmissão para o bebê são baixíssimas. Quando pai é o portador do vírus, para evitar que a mulher seja contaminada é feito o tratamento como prevenção e a PrEP para a mulher.
Pessoas com AIDS não vivem menos
Se faz o tratamento corretamente, os exames regulares e tem boa saúde (alimentação e atividade física), a expectativa de vida da pessoa portadora do HIV é igual a de qualquer outra pessoa.
Infelizmente, o número de casos de AIDS no Brasil aumentou nos últimos anos. Mas, felizmente, o sistema do governo (SUS) dá todo o suporte e medicação, desde a prevenção ao tratamento.
Para ter mais informações cofiáveis acesse: aids.gov.br
Fonte: Agência de Notícias da AIDS