Violência doméstica: como reconhecer, ajudar e denunciar

Diariamente temos vistos notícias sobre violência doméstica contra a mulher. Com a pandemia e o isolamento social, os casais passando mais tempos juntos, os casos só aumentaram – e bastante.

Nós, como estabelecimento que enaltece o amor e as boas relações, ficamos tocados com essa situação alarmante e decidimos fazer algo para ajudar. Após pensar, chegamos à conclusão de que informar é forma mais efetiva que temos de ajuda.

Então, vamos lá!

Primeiramente, queremos deixar claro que se você, felizmente, nunca foi vítima de violência doméstica ou não teve conhecimento de casos próximos, ESSE TEXTO TAMBÉM É PARA VOCÊ!

Nunca saberemos se não seremos as próximas vítimas ou, ainda, se presenciaremos essa situação com alguém próximo, que precisará de nossa ajuda.

O que é violência doméstica

A violência doméstica acontece em um ciclo, por etapas:

1ª etapa: a tensão aumenta e começam a aparecer os primeiros sinais de comportamento violento;

2ª etapa: a tensão chega ao ponto das agressões físicas;

3ª etapa: chamada de “lua de mel”, o agressor se diz arrependido e quer a reconciliação.

Quando a reconciliação acontece, com o tempo, o casal volta à primeira etapa.

Explicando dessa forma, parece algo rápido e simples de desenrolar. Mas, não é e, por isso, muitas mulheres demorar para perceber que estão em uma relação abusiva que desembocará em agressões.

Não é somente violência física

Facilmente associamos o termo violência ao ato de agredir fisicamente outra pessoa. Porém, a violência doméstica diz respeito à outras formas de violência.

Tipos de violência doméstica:

  • Física;
  • Verbal;
  • Psicológica;
  • Moral.

Mesmo que nunca haja agressões física entre o casal, diversas relações se mantêm convivendo com esses outros modos de agressão.

Algumas pessoas acreditam que se não há violência física, está tudo bem. Frases como “relacionamentos são assim mesmo” são comuns de ouvirmos. No entanto, não podem ser! NÃO PODEMOS NORMALIZAR NENHUM ATO DE VIOLÊNCIA E ABUSO.

Proibições como de não poder trabalhar ou não poder sair sozinha, agir com indiferença, ser ciumento ao extremo, ser intolerante, fazer chantagens emocionais e muitas outras atitudes acabam tirando toda a personalidade e essência da vítima.

Muitas vezes, as agressões não físicas são as mais difíceis de superar.

Comportamentos para ficar em alerta

  • Demonstração prematura e excessiva de afeto;
  • Foco 100% na relação e deixar todo o resto de lado;
  • Exigir um comportamento moral que o próprio não tem;
  • Ter o hábito de trair e colocar a culpa desse comportamento na mulher, que “o abandonou”;
  • Humilhar ou desmerecer a mulher em público.

A dificuldade da vítima em falar

Na maioria das situações de violência doméstica, a mulher não consegue contar a alguém pelo o que está passando e pedir ajuda.

Vergonha, medo, falta de apoio de amigos e familiares, crenças religiosas, dependência emocional ou financeira do parceiro e tantas outras causas a fazem se sentir sozinha e desamparada.

Mas, a vítima nunca estará sozinha!

Sendo você um vizinho ou outra pessoa que percebeu a ocorrência de violência entre um casal. De maneira gentil e discreta, converse com a vítima para oferecer ajuda. Mostre para ela que você é confiável e quer realmente ajudar.

Qualquer sinal de agressão, meta a colher sim e acione as autoridades de proteção à mulher (180 ou 190). Agressões pode levar ao feminicídio. A nossa ajuda pode salvar uma vida.

Agora, se a mulher não tiver pessoas próximas com quem contar, há outros meios de ajuda. Diversos canais foram desenvolvidos especialmente para atender mulheres vítimas de violência doméstica.

Por eles, as mulheres encontram orientações de como agir, atendimentos necessários e, mais importante, apoio. Além de outras mulheres que passam pela mesma situação.

A Central de Atendimento à Mulher, o 180, está disponível 24h, todos os dias, para dar atendimento psicológico, jurídico e de assistência social à vítima.

Outras formas de apoio:

Penhas: aplicativo para celular, criado pela revista AzMina, com ambiente seguro para a troca de mensagens, orientações sobre direitos e a rede de proteção à mulher, além de criação de grupos para pedidos de ajuda emergencial.

IsaBot: uma página no Facebook que possui um robô virtual para ajudar mulheres vítimas de violência doméstica. Basta enviar uma mensagem na página.

Ajuda pelo WhatsApp: o projeto Você não Está Sozinha é uma assistente virtual, que atende pelo aplicativo de mensagens, sendo bem mais discreto e eficaz para pedir ajuda sem piorar a situação. Basta adicionar o número na sua agenda: (11)94494-2415 e pedir ajuda sempre que se sentir ameaçada.

Encontrar pessoas confiáveis e ser uma pessoa confiável faz toda a diferença para que uma vítima de violência doméstica se recupere e preserve a sua vida. DENUNCIE!

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